sábado, 25 de janeiro de 2014

NOVA MISSÃO


              Uns estão gozando suas merecidas férias e outros estão em suas atividades também merecidas. A realidade é essa. Nem sempre é possível fazer o que gosta. Nem sempre é possível fazer apenas o que quer. Às vezes é preciso fazer um esforço mais duro e aceitar a realidade como se apresenta.

              Em lugar de querer mudar a realidade em muitos casos haverá necessidade de mudar de atitudes frente a essa realidade. E ajustar-se a um modo de viver que nem sempre é o mais agradável. Mas é preciso aceitar e assumir. É certo que ninguém deseja uma doença, um desemprego ou um fracasso. Mas tudo pode acontecer. Tudo requer posicionamento e atitude.

              Assim vai andando o mundo e a humanidade. E cada ser humano com sua tarefa e sua missão. Não é preciso invejar a sorte de alguém. Cada qual com sua cruz e seus sonhos. A cruz pode parecer pesada em alguns momentos. E os sonhos podem amenizar esse peso desde que tenha consciência de suas responsabilidades e de seus objetivos.

              Triste, muito triste será a vida de quem não cultivar algum ideal. Amargo será o relacionamento e a convivência de quem esteja aprisionado pela inveja e pelo ciúme. Por outro lado é feliz quem souber das diferenças entre uns e outros e se esforçar em elaborar atitudes de respeito e de admiração. Esse crescerá em virtudes e em qualidade de vida.

              O profeta João Batista viu o Mestre dos mestres aproximando-se dele e disse aos que estavam ao seu redor: “Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo. Este é aquele de quem eu falei: Depois de mim vem um homem que passou na minha frente, porque existe antes de mim” (Jo.29). Essa atitude do profeta\ revela claramente a maturidade de uma personalidade.

              Ele sabe que o Mestre é mais importante do que ele. Ele sabe que a missão de profeta consiste em prepara o caminho do seu Mestre. E sabe que a missão do Mestre é eliminar o pecado que produz todo o mal no mundo. E na sua humildade João Batista reconhece a grandeza daquele que vem vindo como o esperado das nações.

              Não tem inveja e não tem ciúmes. Sua missão é preparar o povo ajudando a entender quanto se fazia necessária a conversão e a mudança de vida. Uma missão corajosa que exigia grande sabedoria em acolher e advertir quem estivesse fora do caminho.

              Essa missão continua hoje não apenas para os pregadores e missionários, mas para todas as pessoas de boa vontade e de comprometimento com a justiça. Ainda são muitos os seres humanos escravos do pecado gerado pelos vícios e pela maldade. Ainda são muitos os seres humanos prisioneiros da fome e do desemprego. Ainda são muitos os que estão sendo torturados pelo tráfico de seres humanos.

              E o desafio está aí. O mundo precisa de homens e mulheres que decidam assumir a causa desses empobrecidos. Não é hora de lamentar. É hora de fazer algo em seu favor. Não é hora de reclamar. É hora de transformar. Não é hora de cruzar os braços. É hora de arregaçar as mangas e mudar a situação.

              E essa é missão de todos nós!

                                      Frei Venildo Trevizan

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