Ver a vida que está se levando
Então concluir e se comprometer
Com o amor que está te faltando
(Pe. Jonas Abib)
Quando
a gente vê já passou o dia, já foi a semana, um mês, o ano. Novamente nos
deparamos com o sagrado dever de realizar nossa Reunião de Balanço.
A
função dela é primeiro de sermos autênticos conosco mesmo, pois jamais podemos
enganar a nós mesmos e nos esconder do que é íntimo e verdadeiro dentro de nós.
É um olhar para nós mesmos sem mascaras ou falsas desculpas. Muitos levam a
vida sem muitos questionamentos. Pode até parecer mais cômodo levar a vida sem
muitas reflexões. A reflexão autentica sobre si leva ao autoconhecimento,
principio básico do crescimento é o “conhece-te a ti mesmo”. Pessoas que não
fazem isso são aquelas pessoas que encontramos depois de anos e tudo permanece
igual. Podem até terem conquistado algum bem material, mas não houve evolução, ou crescimento interior.
Nas equipes de Nossa Senhora o risco ainda é maior, pois o equipista que
não se auto avalia. Que não valoriza um retiro como a oportunidade de crescimento interior, que
vive fingindo que está progredindo através dos pontos concretos de esforço,
quando na verdade de um ano a outro não se nota crescimento algum nele, tem alguma coisa errada? Como podem
viver na equipe e ainda continuar os
mesmos? É preciso um esforço para que todo bem que a equipe nos oferece pelos
pontos concretos de esforço não seja “ perola atirada a porcos”(cf Mt7,6) mas
seja alimento salutar que nos sustenta e leva-nos continuamente a crescer em
todos os sentidos, ate a maturidade de Cristo.
A segunda
função da Reunião de Balanço é também “pedir perdão a equipe pelo peso com que
a sobrecarregamos”.
“As
Equipes de Nossa Senhora desejam ajudar os casais unidos pelo matrimônio a
viver plenamente segundo o Evangelho, com o suporte dos membros de uma equipe e
a força do Movimento como um todo..” (Guia das Equipes de Nossa Senhora – V
- 2000)
A vida de
equipe é como uma engrenagem, só funciona se houver harmonia, estabelecida nas
relações fraternas vivenciadas, sobretudo nos momentos de encontros formais ou
não. A equipe é minha segunda família, tenho ouvido muito isso, e de fato ela o
é. Pois a experiência de equipe é uma dimensão maior de nossas famílias, assim
como a Igreja é uma dimensão maior das equipes. Somos uma pequena Eclésia,
pequeno rebanho mais um grande sinal. Como equipistas devemos na reunião de
balanço, a partir da minha realidade pessoal, reconhecer que nem sempre minhas
atitudes favoreceram o crescimento do grupo. Que nem sempre nos auto-ajudamos. Que tão pouco
nos comprometemos com aqueles que estão ao nosso lado. Que o dom maior do amor
as vezes foi tão pouco experimentado. Que vivemos a dificuldade do perdão entre
nós, conservando magoas, ressentimentos, colocando culpa nos outros quando me
omiti em dar o primeiro passo.
A reunião
de balanço deve devolver aos membros da equipe a alegria de serem um comunidade
de amor, de perdão, de ajuda mútua. É sem dúvida um momento salutar de vencer
todos os obstáculos e nos colocar frente a frente, desarmados de nossas
prepotências e cheios de misericórdia e compaixão com os outros, para
reafirmamos o nosso compromisso de sermos irmãos.
A
terceira função da reunião de Balanço deve ser vista como uma oportunidade de
poder melhorar, numa perspectiva madura e sincera de crescer mais ainda. Gostaria
de ilustrar isso com uma historia:
Havia um homem muito rico que possuía muitos bens, e um
único filho,
seu herdeiro, que gostava de fazer festas e estar com seus amigos, e nunca ouvia os conselhos de seu pai. Um dia, o velho pai, já avançado em idade, disse aos seus empregados para construírem um pequeno celeiro. Dentro dele, o próprio pai fez uma forca e, junto a ela, uma placa com os dizeres: Para você nunca mais desprezar as palavras de teu pai. E disse ao filho, eu já estou velho e, quando eu partir, você tomará conta de tudo... Talvêz você deixe a fazenda nas mãos dos empregados, venda todos os bens para se sustentar e gaste tudo. E quando não tiver mais nada, teus amigos se afastarão de você, e só então se arrependerá amargamente de não ter dado ouvidos a teu pai. Foi por isso que construí esta forca, ela é para você! Quero que prometa que, se acontecer o que eu disse, você se enforcará nela. O jovem riu, achou um absurdo, mas, para não contrariar o pai, prometeu, pensando que isso jamais pudesse acontecer.
O tempo passou, o pai morreu, e seu filho tomou conta de tudo, mas, assim como seu pai havia previsto, o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e até a própria dignidade. Desesperado e aflito, começou a refletir sobre sua vida e viu que havia sido um tolo. E Lembrou-se das palavras do seu pai. Pesaroso, o jovem levantou os olhos e avistou o pequeno celeiro.
A passos lentos, dirigiu-se até lá e entrando, viu a forca e a placa empoeiradas, e então pensou: Eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo, mas, pelo menos desta vez, farei a vontade dele, vou cumprir minha promessa. Não me resta mais nada...Então, ele subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço, e pensou: Ah, se eu tivesse uma nova chance... Então, se jogou do alto dos degraus e, por um instante, sentiu a corda apertar sua garganta...Mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente e o rapaz caiu no chão.Sobre ele caíram jóias, esmeraldas, pérolas, rubis, safiras e brilhantes, a forca estava cheia de pedras preciosas e um bilhete. Nele estava escrito:Esta é a tua nova chance. Com amor, teu velho e já saudoso pai. Deus é exatamente assim. Quando nos arrependemos, Ele sempre nos dá uma nova chance.
seu herdeiro, que gostava de fazer festas e estar com seus amigos, e nunca ouvia os conselhos de seu pai. Um dia, o velho pai, já avançado em idade, disse aos seus empregados para construírem um pequeno celeiro. Dentro dele, o próprio pai fez uma forca e, junto a ela, uma placa com os dizeres: Para você nunca mais desprezar as palavras de teu pai. E disse ao filho, eu já estou velho e, quando eu partir, você tomará conta de tudo... Talvêz você deixe a fazenda nas mãos dos empregados, venda todos os bens para se sustentar e gaste tudo. E quando não tiver mais nada, teus amigos se afastarão de você, e só então se arrependerá amargamente de não ter dado ouvidos a teu pai. Foi por isso que construí esta forca, ela é para você! Quero que prometa que, se acontecer o que eu disse, você se enforcará nela. O jovem riu, achou um absurdo, mas, para não contrariar o pai, prometeu, pensando que isso jamais pudesse acontecer.
O tempo passou, o pai morreu, e seu filho tomou conta de tudo, mas, assim como seu pai havia previsto, o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e até a própria dignidade. Desesperado e aflito, começou a refletir sobre sua vida e viu que havia sido um tolo. E Lembrou-se das palavras do seu pai. Pesaroso, o jovem levantou os olhos e avistou o pequeno celeiro.
A passos lentos, dirigiu-se até lá e entrando, viu a forca e a placa empoeiradas, e então pensou: Eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo, mas, pelo menos desta vez, farei a vontade dele, vou cumprir minha promessa. Não me resta mais nada...Então, ele subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço, e pensou: Ah, se eu tivesse uma nova chance... Então, se jogou do alto dos degraus e, por um instante, sentiu a corda apertar sua garganta...Mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente e o rapaz caiu no chão.Sobre ele caíram jóias, esmeraldas, pérolas, rubis, safiras e brilhantes, a forca estava cheia de pedras preciosas e um bilhete. Nele estava escrito:Esta é a tua nova chance. Com amor, teu velho e já saudoso pai. Deus é exatamente assim. Quando nos arrependemos, Ele sempre nos dá uma nova chance.
Como
é bom sabermos que Deus sempre nos dá a oportunidade de recomeçar; Sempre esse
recomeço se dá quando somos mais conhecedores de nós mesmos, de nossa natureza,
fraquezas e limitações. Quando somos sensíveis aos sofrimentos e fraquezas dos
outros. Quando pensamos que apesar de todos os erros Deus nos convida a
recomeçar. A ir mais além. Sua força manifesta-se em nós A mudança precisa
ocorrer em nós mesmos – a volta é interior; nasce no profundo do nosso ser num
desejo incontido de acertar, de ser melhor, de perdoar mais.
A
reunião de balanço é para nos dizer que Deus confia em cada um de nós. Confia
na missão que receberam de sere casais cristãos, de viverem suas alegrias, tristezas numa equipe de
irmãos que fazem uma caminho juntos. È também um convite do Senhor a irmos mais
além. Voltarmos ao primeiro amor, deixando tudo que ficou para trás e lançando
nós de corpo e alma ao que vem pela frente.
Termino com uma breve e profunda reflexão do
Pe. Fábio de Melo:
“O que me fascina em Jesus não é sua
capacidade de ressuscitar os mortos, de curar os cegos, os paralíticos. O que
me fascina em Jesus é sua capacidade e coragem de dizer que Deus é Pai. Um Pai
que tem preferência pelos piores homens e mulheres deste mundo. Um Pai que ama
os que não merecem ser amados. Um Pai que abraça os que não merecem ser
abraçados e que escolhe os que não merecem ser escolhidos. Um Pai que quebra as
regras ao nos desconcertar com seu amor tão surpreendente. Um Pai que não quer
se ocupar com os erros que você cometeu
até os dias de hoje, porque o amor que Ele tem por você é um amor cheio de futuro. Ele não está preso
ao seu passado e a Ele não interessa o que você fez ou deixou de fazer de sua
vida, a Ele o que importa é o que você ainda pode fazer”.
Para refletir em equipe:
1)
Como podemos perceber o nosso
crescimento como casal e equipe durante este ano?
2)
Como o tema de estudo de 2012 me ajudou a progredir no mandamento novo do
amor?
PERGUNTAS SRB PARA O BALANÇO - 2012
Nas
equipes, somos convidados a ir despertando atitudes que devemos assimilar e que
vão nos levando a um novo modo de viver: um modo de viver mais cristão. As
equipes nos propõem que personalizemos esse modo e que construamos não só na
reunião de equipe, mas também com a ajuda de alguns meios, por caminhos
concretos, ao longo de todo o mês e nas atitudes que devemos tomar face à vida.
...
É um apelo ao esforço pessoal e do casal: um esforço de discernimento, de
criatividade e constância, que abrange todo o nosso ser. Um esforço ao qual
cada um de nós se obriga voluntariamente e não um esforço que nos é imposto de
fora. E isto, a partir de um mínimo que iremos aprofundar de uma maneira
exigente.
Estes
pontos concretos de esforço [...] abrem-nos a possibilidade de realizar por nós
mesmos, em nossas vidas, um verdadeiro encontro com o Senhor, que é o ponto de
partida de toda conversão. Os PCEs são escolhidos para que vivamos esse
encontro e não para que se transformem numa rotina ou numa espécie de devoção.
MÍSTICA DOS PONTOS
CONCRETOS E PARTILHA
Perguntas:
1)
Em que o Estudo do documento Mística dos
Pontos Concretos de Esforço e Partilha
mais contribuiu para a conversão da vida pessoal, do casal e da Equipe?
2) Em que aspectos, a
mística da vivência dos Pontos Concretos de Esforços e Partilha nos
proporcionaram crescer na espiritualidade conjugal no decorrer deste ano?
Para a ruptura:
A reunião de balanço poderia ter um
momento penitencial na ruptura, onde cada um levaria por escrito um pedido de
perdão para ser lido e queimado de modo adequado.
Ou
para a partilha:
Colocar
uma arvore de papel ou natural, embaixo dela colocar algumas frutas recortadas
de papel. Cada um retira um. Atrás deverá conter um nome de um Pce. A partir
deste pce cada um partilhar o seu crescimento nele durante este ano.
Obs:
o CR e o Casal animador podem escolher qual fazer. Ou se farão as duas.
SUGESTÃO
PARA TEXTO DE PARTILHA:
Mateus
25, 14-30
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