Ninguém
vive sozinho. É próprio de todo o ser animal formar grupos de convivência e de
partilha para garantir a própria sobrevivência e o prolongamento de sua
espécie. O grupo, ou a comunidade, é fonte donde jorram normas e leis que unem
a todos em vista da defesa da espécie e da supremacia sobre as demais.
O
próprio Deus não está só. Constitui uma comunidade (a perfeita): Pai, Filho e
Espírito Santo. Essa comunidade não só inspira as demais, como se torna fonte
de vida e estímulo de amor e de alimento sagrado para concretizar toda e
qualquer aspiração em vista da plenitude e da perfeição.
A
natureza também constitui um exemplo de comunidade na solidariedade e na
partilha. Olhando um canteiro de flores veremos quantas e variadas espécies de
flores e de ervas se alimentando do mesmo solo. Cada qual retira apenas aquilo
de que necessita para si. Nada tira do que é dos outros. Surge assim um jardim
diverso em cores, perfumes e espécies. Tudo formando a harmonia fantástica da
criação.
O
ser humano precisa prestar mais atenção a essas maravilhas e a essas
misteriosas vidas que se entrelaçam e se ajudam no crescimento e no
embelezamento do planeta terra. Precisa aprender a ser solidário respeitando a
natureza e a individualidade de cada ser. Precisa aprender a não ser tão
ganancioso querendo para si o melhor sem se importar se com isso prejudica os
demais.
É
bom aprender a lição da natureza. Ela ensina a solidariedade. Ensina a viver e
crescer dentro de suas possibilidades pessoais e conviver com os demais para
completar o que falta para alcançar um lugar mais digno possível. Aprender que
é alguém extremamente necessitado. Ninguém é perfeito em si. Só Deus.
Mais
do que os demais seres vivos o ser humano necessita completar em si o muito que
lhe falta para poder sentir-se plenamente realizado. É a convivência com os
demais que irá educando sua sensibilidade, seu amor, sua solidariedade e também
sua dependência.
Infeliz
de quem se julgar auto-suficiente. Estará fadado a se empobrecer em seus
sentimentos e nos demais valores da natureza humana. O isolamento mata. O
Mestre dos mestres mostra através de uma experiência agrícola o quanto é
importante para o ser humano estar em sintonia com os demais. E principalmente
estar em sintonia com Deus.
Apresenta
o exemplo da videira. Os ramos para poderem produzir frutos dependem estar
unidos ao tronco. E dependem de uma poda constante. Caso contrário, não
produzirão fruto algum. Isolado do tronco o ramo seca e morre. Solidário com os
demais e unido ao tronco produzirá abundantes e saborosos frutos.
Esse
tronco é o próprio Senhor. A união com os ramos se dá no amor e na
solidariedade. Depender dele não é submissão. É alegria de partilhar a mesma
seiva e o mesmo alimento. É produzir abundantes e saborosos frutos em numero
diverso em cada ramo. Frutos de alegria, de comunhão e de solidariedade.
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