Pe. João Luiz – SCE Equipes 3, 6, 8 e 11 Setores A e B de Goiânia
A meditação é um mergulhar no profundo de Deus e deixá-lo invadir todo o nosso ser. A meditação é um de nossos PCES, que nos leva ao crescimento em nossa espiritualidade conjugal. Quando paramos para fazer a nossa meditação, recorremos à palavra de Deus como pano de fundo para nos levar até Ele. Jesus ao dizer Sua oração, sempre deixava a multidão como também seus Apóstolos e subia no monte para orar, passando até mesmo a noite inteira em meditação.
Meditação, no significado original, “meditori”, “meditatio”, expressando um exercício da mente e do corpo. Por que do corpo? Porque o corpo deve se colocar a serviço da mente no sentido da posição. No princípio, servia para indicar qualquer classe de exercício físico ou intelectual. Mais tarde, o meditori tornou apenas exercícios espirituais. A meditação traz para nós um curvar do espírito ao revelado.
A meditação na vida cristã é um deixar Deus visitar o nosso interior, nos tornando mais conscientes de nossa existência, e chamados a olhar para Deus, apaixonando-nos e deixando- nos seduzir por Ele. Esta sedução nos faz esquecer até de nós mesmos, para chegarmos a “contemplatio”, contemplação. Na concepção medieval, vem nos mostrar, “a leitura, a busca da doçura inefável da vida bem-aventurada, a meditação encontra-a, a oração pede-a, a contemplação saboreia-a”.
As palavras do nosso Senhor: “Procurai e achareis, batei e se vos abrirá” (Mt 7,7). Na procura de uma leitura atenta e silenciosa entrareis em profunda oração e meditação, podendo-se chegar à contemplação. A meditação nesta linha orante é um exercício profundo da mente humana, dando um aplique ao espírito e ao coração no mistério da Fé.
“A meditação coloca em ação o pensamento, a imaginação, a emoção e o desejo.” A oração cristã procura , de preferência a meditação, “ os mistérios de Cristo”. A oração cristã deve nos levar ao conhecimento de amor ao Senhor Jesus, “A união com Ele”. (C.T.I 2708).
A oração busca “aquele que meu coração ama” ( Santa Tereza). Então a vida do cristão deve ser um eterno amor a Nosso Senhor. Creio que aquele que ainda não aprendeu a amar, dificilmente poderá chegar ao cume de uma meditação.
Também “O patrono dos párocos, o camponês de Ars” diz: “Eu olho para Ele e Ele olha para mim”. Aqui vejo que o homem chega ao auge da contemplação, o jeito perfeito de meditar.